sábado, 26 de junho de 2010

INDIFERENÇA


Na vida só vale a pena o que for vivido a 100% (no mínimo).
O momento, o presente tem de ser vivido com entrega total e consciente.
A entrega tem de ser emocional, física e consciente.

Viver por viver...
Falar por falar...
Telefonar por telefonar...
Namorar por namorar...

Quando os actos diários não correspondem ao que se diz, não são coerentes.
As palavras passam a ser apenas palavras, ficam sem contexto, não têm suporte.
O acto, a atitude, o gesto, o carinho "falam" mais do que muitas palavras.
Muitas palavras parecem justificações, quando sentimos necessidade de justificar ao outro o que fizemos ou o que não fizemos .... hum ... hum...
Nos bons momentos e nos maus momentos só contam os que estão presentes, os que se entregam, os que estão disponíveis.
Quando se perde a oportunidade de um momento (cada momento é único, não volta mais) não há volta a dar.
Depois da morte não vale de nada lamentar o que não se viveu, o que não se disse, o que não se fez.
É preciso ter consciência do que se tem hoje e que o hoje é irrepetível.
Não nos podemos esquecer que, se precisamos do outro, o outro também precisa de nós e que a vida é feita de partilha, de cumplicidades, de sorrisos, de lágrimas (umas vezes de alegria e outra de tristeza), de silêncios, de risos, gargalhadas...
Se não precisamos do outro, se não partilhamos...
A nossa vida é tatuada pelos que amamos, nos rodeiam, pelos que partilham, pelos que nos tocam a alma, sejam família, amigos ou desconhecidos.
Podem tocar-nos o corpo e não nos tocar a alma e podem tocar-nos a alma sem que alguma vez tenham tocado o nosso corpo.
No nosso coração devem viver aqueles que amamos, que respeitamos e que nos respeitam.
Ser uma peça do puzzle, cujas peças estão espalhadas, esquecidas ou guardadas...
Ser o "pneu" de socorro que faz falta quando se tem um furo ou "quando se quer um furo".

Podemos ter todas as diferenças mas não indiferenças.
Quando se é esquecido, ignorado de uma forma repetida já não vale a pena.
Que se salve o que se puder salvar mas insistir, não!
A espontaneidade quando se esvai...
A distância interior, dos sentimentos é impossível de inverter.
Não há mar, nem firmamento que se lhe comparem.

Não devemos amarrar ninguém.
Devemos soltar, dar liberdade.
Mas se o outro na sua liberdade e na liberdade que lhe damos não nos procura, não nos escolhe, não partilha...
Está noutra!!

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