quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O que faltou? O que me falta?


O que me faltou?
O que me falta?
Porque não consigo dos outros a mesma intensidade e dedicação que lhes dou?
O que tenho de mudar em mim para ser diferente?
O que está errado comigo?

Não sou má pessoa.
Não sou a melhor companhia, a melhor conversadora, nem religiosa.... mas não sou má.
Não desejo mal a ninguém.
Não sei fazer-de-conta,
Não sei fingir (ser o que não sou, nem dizer o que não sinto)... mas não sou má.
Não sou actriz
Não sou má pessoa.

Nem tudo o que falhou foi minha culpa.
Sei que não.

Quero plantar sementinhas de esperança e de alegria no meu coração!
Quero regá-las para que floresçam e me façam mais feliz, com amor, com carinho, com lágrimas salgadas?! Não!

O meu passado não foi em vão.

Falta-me a minha mãe.
Ela fazia-me sentir útil,necessária e AMADA.
Dava sentido à minha vida.
Era a bússola que me dava o NORTE.

Espero que ela onde esteja, como esteja,
me possa ajudar a encontrar-me dentro de mim.
MÃE, o que me falta?

Que esta nuvem negra, carregada de lágrimas, seja passageira, dure apenas o tempo necessário para afogar, lavar as mágoas que ainda guardo dentro de mim.

As cicatrizes não doem.
Ainda existem feridas!
Algumas antigas, abrem e sangram.
Dores de agora tornam-se em feridas recentes porém profundas.

Porque eu nunca sou a escolhida?

Tem a terra, o mar,
Tem a estrada, a Choupana,
Amigos, amigas,
ex-amores e ex-qq coisa,
Tem a pinga, tem a poncha,
Arraial e muita festa...
Mulheres: aos cachos como as bananas da Madeira!

Dói tanto enfrentar os olhares e as perguntas.
Prefiro esconder-me e ficar sózinha.
Não quero partilhar a dor deste fracasso.
Um ano passou.
Muito mudou.
As prioridades: o umbigo, o cordão umbilical.

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