terça-feira, 18 de outubro de 2011

(em liberdade)



No silêncio : liberdade!
Grito, rio, corro, rebolo, abraço e... sonho!

Sinto o cheiro de lembranças
perdidas nas entranhas
onde só o pensamento chega e...
onde renasce a emoção.

De braços abertos abraço o mundo,
os amigos.
De mãos dadas em corrente,
ganhamos força para a luta.

Nada é perfeito, nada está garantido.

Só tem valor o que não tem preço,o que não se vende,
o que se dá e o que se recebe.

Uma amalgama de sentimentos que, do orvalho de lágrimas, ora de alegria ora de saudade,
brotam um arco-irís tão colorido e vibrante, carregado de energia...
Soprado pelo vento espalha magia, partículas coloridas, pózinhos de perlim-pim-pim...
pim... pim...
as gotas caem devagar, devagarinho,
espremidas da bruma desta ilha
que acalenta a vida dos que cá arribam.

Vai a gaivota, o cagarro e o priolo,
de asas bem abertas, ao vento,
num vôo de esperança...

A vida continua apesar da crise, do desalento.
Tanta hipocrisia, tanta mentira, tanta verdade escondida:
A vida de faz-de-conta.

Fiseram de conta que eramos ricos... e agora? Pagamos a factura.


Que triste mundo este em que se dá tanto valor às aparências,
em que nos sentamos em frente ao ecrâ do computador e...
fazemos de conta.
Falamos com quem está longe (tão perto dentro do ecrâ) e...
esquecemos quem está ao nosso lado,
no nosso sofá,
na nossa cama.


É tão excitante despertar o interesse de alguém que nunca vimos,
que nunca nos viu.
Descontamos na idade, nos quilos...
omitimos estados civis, compromissos...
esquecemos a realidade.

No ecrâ vale tudo.
Viver a vida "na ponta dos dedos": teclando...
amigos de mentirinha,
mantes virtuais...
gosto / não gosto / partilhar/ comentar / adicionar,
click, click apagar / não aceitar click, click

Os dias passam (e as noites), mentiras repetidas,
repetidamente, click, click
já parecem verdadeiras.

E os sentimentos? São verdadeiros?
É tão simples, tão descartável.
click, click : bloquear! Spam!

Só se partilha o que se quer,
Apaga-se o que não interessa: delete. Deleted!
e...
inventa-se, inventa-se muito, risca-se e rabisca-se, click, click, click...
criam-se homens e mulheres,
seres perfeitos, adoráveis, doces, calmos, tranquilos e provocadores.
Gente mágica, insaciável... click, click pela madrugada,
click, click ao amanhecer,
a meio da manhã, ao almoço, ao lanche ao jantar, click, click...
e as compras? e a loiça? e a roupa? e os filhos? e o marido? click, click, click... quê?!

A conquista virtual, click, click enter ... sexy... enter click, click, click enter...
Não há que lavar cuecas nem mesmo aturar as quecas!


A que sabe o calor de um abraço?
A ternura de um beijo?
O doce brilho de um olhar reflectido noutro olhar?
As relações jamais serão iguais.



Fotos@Google

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