quarta-feira, 16 de novembro de 2011

FERIDAS ABERTAS


Há feridas que não saram.

Feridas abertas que sangram,
doem, tiram o sono.

Feridas que nascem dentro,
Corroem as entranhas.
Labaredas vivas,
deixam o corpo em chamas.

Queimados, sofridos,
somos apenas dor, feridos.

Entorpecidos, dormentes,
achamos que a ferida sarou
e que se fez cicatriz.
E...
Um toque,  uma palavra,
uma lembrança,
grande corte!
e eis que renasce a dor,
de novo, a ferida sangra.

A dor não se vê, sente-se, vive-se.

Ferida que não sara, gangrena e mata.

Foto@Google

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