" que o presépio é que é o símbolo do Natal,
que ela é uma mera figurante para alegrar e colorir a quadra..."
Cansada das suas provocações lá fui à arrecadação, carreguei com a caixa dos tarecos e enfeites e deixei-a por uns dias no canto da sala.
Um belo dia, enquanto dormitava e assistia pelo "canto do olho" à novela da "Gabriela", da caixa de cartão saltaram as ovelhas: mé-mé-meh... atrás delas veio o pastor e a mulher...
As lavadeiras, depois de limparem a casa, correram para o rio, lavaram as cortinas, puserem a conversa em dia com as vizinhas enquanto a roupa secava, falaram da Gabriela e do Nacib, da pobre da Gerusa e do Dr. Munduinho...
Tinham as casas limpas, cheirando a sabão clarim,o pinheiro e os ramos de criptóméria perfumando o ar da sala onde tinham o presépio, lindo e iluminado.
Esperavam, ansiosas, os filhos que vinham todos os anos pelo Natal.
A banda de música perfilou e tocou : "É Natal, É Natal... fon-fon-fon..."
Os aldeões saíram à rua atarefados e tagarelando...
Lá se reuniu toda a família.
Os vizinhos vieram ver o menino, oferecendo ajuda, cantando e rindo, alegres pelo nascimento duma criança.
O mundo sem crianças é triste e silencioso.
Os reis... só devem chegar em janeiro.
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