Apesar de viver nesta "ilha no meio do oceano mar" toda a minha iexistência Esta foi a primeira leitura do ano.
Apesar de viver nesta "ilha no meio do oceano mar" toda a minha existência e de ser um pouco mais velha que a autora, deleciei-me com estes reencontros com esta ilha que é nossa. Por questões pessoais e vivendo sempre neste retângulo verde, vivi quase 30 anos numa bolha e, aos poucos, vou-me reencontrando comigo, com a adolescente de 18 anos que virou mãe-mulher demasiado cedo e com aquela que agora sou, fruto de tudo o que vivi e do que não vivi. Aceitando que por fora já não sou aquela menina sorridente e sonhadora, sempre a contestar as regras e as imposições... já sou avó e por dentro uma menina a tentar recuperar o irrecuperável, o mesmo coração que se entrega acelerado a cada descoberta, a cada desenho, a cada paisagem de verde e azul pintalgada de gotas de chuva ou orvalho... uma corisca mal-amanhada com sotaque serrado, com muito gosto, porque eu sou da ilha e a ilha sou eu. Trago-a na cor dos meus olhos, verde-azul-acinzentado, a ilha, o mar, o céu e os sonhos.
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