Benditas mãos que os criaram.
Os bordados comovem-me.
Trazem-me mulheres amadas à flor da (minha) pele.
retalhos de vida, escritos, pensamentos, fotos, desenhos e pinturas
Os bordados comovem-me.
Trazem-me mulheres amadas à flor da (minha) pele.
Tentamos estar juntas sempre que foi seguro para ti mas foi pouco, foi sempre muito pouco.
Nos últimos encontros não nos privamos de um abraço, longo e sentido.
Era sempre um, até à próxima, com sabor a despedida.
O último encontro não era para ser o último. Fiquei adoentada e não quis arriscar prejudicar a tua situação já tão frágil fisicamente, deixei-me vencer pelo medo.
E tu?!
Sempre tão forte, sempre a acreditar que era possível enganares a doença por mais uns dias, por mais algumas semanas.
Apesar do meu coração bater mais forte cada vez que o telemóvel tocava, acreditava em ti, na tua força.
Ainda é difícil de acreditar.
Surgem-me tantas perguntas (que nunca me ocorreram ao longo de tantos anos e de tantos encontros) e que, por agora, ficam sem resposta.
Para ti:
Todos os abraços que não demos!!
Até à próxima.
pode ser uma porta aberta para a liberdade,
ou uma prisão que nos tolhe os pensamentos
e nos diminui,
perante as possibilidades e oportunidades.