Caminhei ofegante, transpirei, trepei...
De garras afiadas amparei-me nas ervas que ladeavam o trilho,
fui ao chão, levantei-me, lutei, caminhei... de olhos postos no chão, sempre a ver o terreno serpenteado e escorregadio, olhando os pés.
e logo se escondia a malvada.
Cansei-me desta luta inglória.
Desisti a poucos metros do cume.
Voltei-lhe as costas e segui as minhas pegadas em sentido inverso, a descer...
Fi-lo com alguma angústia.
Se ao subir escorreguei e transpirei, a descer...bem... deixei de me preocupar se enlameava os pés ou se me enterrava na lama, só não queria ir ao chão... e fui.
Levantei-me tão rápidamente que achava que a Montanha não dava por isso.
Só que a marca no meu traseiro não me deixava mentir.
E ela a rir-se... com ar trocista soprou as nuvens e brilhou com os raios de sol.
Deixou-se admirar...brilhante, gloriosa! Voltar a trás? Nunca!
Sou mais teimosa que a Montanha.
Deixou-me ver Santa Maria de um tamanho que nunca tinha visto. Gostei (mas não lhe disse).
Que alívio quando cheguei ao sopé da Montanha, cansada e enlameada.
Para mim, é tempo de arrumar as botas (tenho de lavá-las primeiro).
E ela a rir-se...
2 comentários:
Adorei esta descricao da tua caminhada. Tambem com essas botas o que e que esperavas? Um baile la no cume?
Um baile? Até que era uma boa idéia.. Adoro dançar mas srá que devia levar saltos altos) :)))))
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