retalhos de vida, escritos, pensamentos, fotos, desenhos e pinturas
domingo, 26 de dezembro de 2010
Pôr do Sol / Crepúsculo
2010/2011
Um ano que termina para dar lugar a outro.
Na verdade, termina um dia e nasce outro.
Dias que se repetem, noite, após noite.
2010 ficou marcado pela morte da minha mãe,
foi um ano de muito sofrimento.
Ando a remexer nas memórias para eleger o melhor de 2010,
não consigo.
Tive momentos felizes mas todos... tão fugazes.
2010 foi um ano de grande sofrimento, de muita dor.
Também foi um ano de esperança,
de investimento no futuro,
no presente.
O balanço não é positivo.
Não faço planos,
Não faço promessas (não gosto de promessas).
Tenho desejos e sonhos.
Tenho opções e tenho escolhas.
Concretizo os sonhos ou desisto deles.
Aceito as escolhas dos outros
ou parto para outra viagem e
pinto a minha vida com outras cores!
sábado, 25 de dezembro de 2010
I wish heaven had a phone...
Mãe,
Juntamo-nos todos na nova casa do Zé.
Ias gostar de ver, a casa está tão gira, mãe.
O quarto do Manel é enorme com casa de banho privativa,
o da Isabel todo em tons de rosa...
No frigorifico está lá a tua estrelinha e a do avô João.
Estiveste sempre no nosso pensamento e no nosso coração!
O amor não acaba...
E o teu era tão grande por todos nós e por todos os que contigo privaram.
Mãe,
Continuo a encontrar pessoas a quem tocaste profundamente,
em quem deixaste marcas,
pela tua forma de ser, sempre afável, educada, delicada,
amiga e encorajadora.
Mãe, foste e és muito amada.
Estás nos nossos corações
Feliz Natal!
Juntamo-nos todos na nova casa do Zé.
Ias gostar de ver, a casa está tão gira, mãe.
O quarto do Manel é enorme com casa de banho privativa,
o da Isabel todo em tons de rosa...
No frigorifico está lá a tua estrelinha e a do avô João.
Estiveste sempre no nosso pensamento e no nosso coração!
O amor não acaba...
E o teu era tão grande por todos nós e por todos os que contigo privaram.
Mãe,
Continuo a encontrar pessoas a quem tocaste profundamente,
em quem deixaste marcas,
pela tua forma de ser, sempre afável, educada, delicada,
amiga e encorajadora.
Mãe, foste e és muito amada.
Estás nos nossos corações
Feliz Natal!
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
desejo
Desejo que passem todos esta época com muita alegria.
Aproveitem ao máximo, o tempo que puderem passar com aqueles que amam.
A vida é demasiado curta e quando nos damos conta...
alguns partiram...
alguns para não mais voltar.
O tempo passa e não volta mais.
Não esperem por amanhã para viver, para dizer...
HOJE é o dia!
É o PRESENTE!
É... UMA PRENDA : o AGORA! JÀ!
Beijos, abraços, carinhos sem ter fim.
Momentos felizes.
O calor de um abraço,
O brilho de um sorriso,
A doçura do amor,
A certeza da amizade.
Natal!
*E*S*T*R*E*L*A*S CINTILANTES - Natal
Esta festa de estrelas cintilantes ficou marcada pela falta do calor e humanismo do Comendador Horácio Roque.
A vida continua... mas há quem seja insubstituível.
Uma filha sabe.
Sabe a Teresa Roque.
Sei eu que também perdi a minha mãe.
Foi uma noite cheia de emoções: tristeza pela perda de uns,
alegria por continuarmos juntos,
acreditando que podemos vencer,
que continuamos o sonho de um homem feliz.
EsTrElAs CiNtIlAnTeS *****
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
sem mordaça / amordaçado
Antes viver só,
Estar calado por não ter com quem falar,
Do que viver amordaçado;
Do que viver com quem não escuta,
com quem não quer ouvir.
Há quem queira partilhar só o que lhe convém.
Falar só o que quer escutar;
Falar por falar;
Falar muito e não dizer nada.
Quem fala muito e não escuta os outros,
acaba falando sózinho.
Acaba ficando: sózinho!
A vida é curta,
demasiado curta.
Não devemos deixar nada por dizer.
As palavras amontoadas dentro de nós,
causam dor,
causam feridas: uma doença incurável.
É no diálogo que se criam afinidades,
que se limam arestas,
que se partilha,
que se cresce,
que se compreende,
que se AMA.
Monólogos, NÃO!
Calar, NÃO!
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
PELA METADE (a minha)
*
Lar;
Amor;
Saúde;
Férias;
Rir muito;
Surpresas;
Viagens, sol;
Ternura e Carinho;
Estar Apaixonada;
Abraçar, Beijar, Amar;
Um olhar especial, sorrisos;
Conversar, Ouvir Música, Dançar;
Ver o nascer e o por do sol;
Passar de mãos dadas; Ir á praia, ver o luar;
Ficar na cama a ouvir a chuva cair lá fora;
Tranquilidade, Relação estável
Família, aniversários;
Namorar ao telefone;
Ser avó
Amigos
Natal
Velas
Luzes
Calor
Natal
terça-feira, 9 de novembro de 2010
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Tristezas não pagam...
Há dias assim...
Há dias em que a vida nos cobra:
decisões tomadas,
escolhas.
Há dias em que o preço a pagar é demasiado!
Sempre que o custo é relativo aos filhos,
é difícil de suportar.
Paga-se com lágrimas, com dor.
Os filhos são deles próprios,
não nos pertencem.
Não podemos rasgá-los ao meio,
Não podemos cloná-los,
Não podemos querê-los só para nós.
É um esforço diário:
despedir de um dia,
dar as boas vindas a outro dia.
Há vazios que não se preenchem.
Há feridas que não saram.
A dor é como um buraquinho numa camisola velha.
Pode estar lá e manter-se por muito tempo.
Um dia,
alguém,
nós próprios,
tocamos,
apertamos,
mexemos, remexemos...
procuramos,
entramos em busca do que perdemos,
primeiro um dedo...
vai a mão inteira..
as duas mãos...
buscam no vazio...
na dor,
na ferida,
o coração,
o corpo inteiro.
e...
o que antes era um mísero buraquito,
passa a ser um buracão do tamanho da camisola, que era...
Só dor,
Só tristeza,
SOLIDÃO.
Desistir não é uma opção.
De novo juntando...
grão a grão,
pedra a pedra,
dia a dia...
Há que aprender a viver dividida,
repartida.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
domingo, 12 de setembro de 2010
SAUDADE - 6 meses depois
Corta-se o cordão umbilical
mas há laços que perduram para sempre.
Embalada, amada.
Gatinhando,aprendendo.
Ganham-se asas:
Voar!
Em cada vôo,
Há sempre um retorno ao ninho
Em busca de uma migalha:
pão,
força,
elogio,
carinho,
companhia,
uma asa amiga,
protectora, boa ouvinte
compreensiva, tolerante...
Um dia...
Quem cuidou, precisa de cuidados
(é o reverso da medalha).
Até que um dia...
Fica o amor, a saudade.
sábado, 28 de agosto de 2010
LiMiTeS
Na vida há limites para tudo, inclusive, para a minha tolerância, paciência e disponibilidade.
Cada dia que passa é menos um dia para viver, partilhar.
Estou a perder tempo.
É tempo de mudar de rumo, virar as costas e caminhar de cabeça erguida.
Cada dia que passa é menos um dia para viver, partilhar.
Estou a perder tempo.
É tempo de mudar de rumo, virar as costas e caminhar de cabeça erguida.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
O que faltou? O que me falta?
O que me faltou?
O que me falta?
Porque não consigo dos outros a mesma intensidade e dedicação que lhes dou?
O que tenho de mudar em mim para ser diferente?
O que está errado comigo?
Não sou má pessoa.
Não sou a melhor companhia, a melhor conversadora, nem religiosa.... mas não sou má.
Não desejo mal a ninguém.
Não sei fazer-de-conta,
Não sei fingir (ser o que não sou, nem dizer o que não sinto)... mas não sou má.
Não sou actriz
Não sou má pessoa.
Nem tudo o que falhou foi minha culpa.
Sei que não.
Quero plantar sementinhas de esperança e de alegria no meu coração!
Quero regá-las para que floresçam e me façam mais feliz, com amor, com carinho, com lágrimas salgadas?! Não!
O meu passado não foi em vão.
Falta-me a minha mãe.
Ela fazia-me sentir útil,necessária e AMADA.
Dava sentido à minha vida.
Era a bússola que me dava o NORTE.
Espero que ela onde esteja, como esteja,
me possa ajudar a encontrar-me dentro de mim.
MÃE, o que me falta?
Que esta nuvem negra, carregada de lágrimas, seja passageira, dure apenas o tempo necessário para afogar, lavar as mágoas que ainda guardo dentro de mim.
As cicatrizes não doem.
Ainda existem feridas!
Algumas antigas, abrem e sangram.
Dores de agora tornam-se em feridas recentes porém profundas.
Porque eu nunca sou a escolhida?
Tem a terra, o mar,
Tem a estrada, a Choupana,
Amigos, amigas,
ex-amores e ex-qq coisa,
Tem a pinga, tem a poncha,
Arraial e muita festa...
Mulheres: aos cachos como as bananas da Madeira!
Dói tanto enfrentar os olhares e as perguntas.
Prefiro esconder-me e ficar sózinha.
Não quero partilhar a dor deste fracasso.
Um ano passou.
Muito mudou.
As prioridades: o umbigo, o cordão umbilical.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Saudades... Com saudades do "Horácio"
Com saudades daquilo que conheço melhor,
Daqueles que me acompanham.
De onde (ainda) sentem a minha falta.
De onde o tempo passa sem dar por isso.
Daqueles que me acompanham.
De onde (ainda) sentem a minha falta.
De onde o tempo passa sem dar por isso.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
InQuiEtaÇão...
Hoje estou...
...insegura.
a distância
o mar
o passado
a presença
(dela)
a ausência
(tua)
os copos
a poesia
a lembrança
o teatro
gatos, gatas
gémeos
a proximidade
o desejo
a vontade
hoje:
estou insegura
Hoje: InQuIeTa.
...insegura.
a distância
o mar
o passado
a presença
(dela)
a ausência
(tua)
os copos
a poesia
a lembrança
o teatro
gatos, gatas
gémeos
a proximidade
o desejo
a vontade
hoje:
estou insegura
Hoje: InQuIeTa.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Avós
Esta manhã, quando conduzia para o trabalho, ouvi na rádio que hoje é o "Dia Internacional dos Avós".
Fui o resto do trajecto a pensar na sorte de quem tem avós com quem partilhar momentos de vida...estórias, afectos, carinhos, segredos...
Só conheci a minha avó paterna que, sempre foi velha. As minhas recordações mais antigas dela são de uma velhinha vestida de preto, saia pela canela, cabelo branco, óculos de aros de massa preta e : austera.
Fazendo contas ela devia ter uns 60 e poucos anos mas aparentada ter muito mais, sempre teve o mesmo aspecto que tinha quando morreu aos 81, apesar de mais frágil e cansada.
A minha avó nunca me deu colo, nunca me abraçou ou beijou com ternura...
Ralhava porque não íamos visitá-la e nós: íamos cada vez menos. Menos visitas: menos ralhanço.
Os meus filhos tiveram uma infância muito feliz com duas avós e um avô.
Na casa da(s) avó(s) reuniam-se com os primos e viveram muitas aventuras, muitas tropelias. Têm boas recordações os meus filhos.
Gostava de ter tido uma avó...
Fui o resto do trajecto a pensar na sorte de quem tem avós com quem partilhar momentos de vida...estórias, afectos, carinhos, segredos...
Só conheci a minha avó paterna que, sempre foi velha. As minhas recordações mais antigas dela são de uma velhinha vestida de preto, saia pela canela, cabelo branco, óculos de aros de massa preta e : austera.
Fazendo contas ela devia ter uns 60 e poucos anos mas aparentada ter muito mais, sempre teve o mesmo aspecto que tinha quando morreu aos 81, apesar de mais frágil e cansada.
A minha avó nunca me deu colo, nunca me abraçou ou beijou com ternura...
Ralhava porque não íamos visitá-la e nós: íamos cada vez menos. Menos visitas: menos ralhanço.
Os meus filhos tiveram uma infância muito feliz com duas avós e um avô.
Na casa da(s) avó(s) reuniam-se com os primos e viveram muitas aventuras, muitas tropelias. Têm boas recordações os meus filhos.
Gostava de ter tido uma avó...
sexta-feira, 16 de julho de 2010
escreVIVER
O MUNDO EM QUE VIVEMOS: EUROMILHÕES
Antigos altos quadros do BCP condenados a coimas acima de quatro milhões.
Quantos milhões andam à solta no país - ou estrangeiro - no bolso dos bandidos engravatados, políticos, banqueiros, empresários, vigaristas...
Quanto dinheiro SUJO, ganham, ganharam ou deram a ganhar?
A crise mundial nasce na ganância, no lucro fácil, no querer ter mais sem a olhar a meios. Os "donos do mundo" querem enriquecer num só dia. PQP!
Quantos milhões andam à solta no país - ou estrangeiro - no bolso dos bandidos engravatados, políticos, banqueiros, empresários, vigaristas...
Quanto dinheiro SUJO, ganham, ganharam ou deram a ganhar?
A crise mundial nasce na ganância, no lucro fácil, no querer ter mais sem a olhar a meios. Os "donos do mundo" querem enriquecer num só dia. PQP!
terça-feira, 29 de junho de 2010
A vida é como uma caixa de bombons...
Num segundo tudo pode mudar... e a partir desse momento... será sempre:
- antes de...
- depois de ...
Há decisões que são pensadas, desejadas, planeadas, podendo ser ou não as decisões certas para a vida, serão certamente as decisões acertadas para aquele momento de vida.
Porém existem acontecimentos alheios à nossa vontade que alteram a nossa vida para sempre, sem que estejamos à espera...
Sem o desejarmos...
Sem o sonharmos
Sem o escolhermos.
São as doenças, as mortes, as paixões...
Há de tudo, tudo de bom e tudo de mau...
Porque nos apaixonamos por alguém que se cruza na nossa vida, inesperadamente, se não desejamos ter ninguém na nossa vida, se não desejamos voltar a partilhar o corpo, a casa, a alma... porquê?
Se não desejamos nem a paixão, nem o amor, nem sexo... de onde surge este sentimento que nos transforma, nos transtorna?
Porque tudo muda ao redor? Tudo se revela num misto de cor, brilho, alegria e música?
Nada é igual ao que era.
A chuva, o sol, o vento, a terra, o céu..
Com a paixão vemos melhor o belo, o bom, o agradável..
Sentimos compaixão, ternura, carinho por tudo e todos os que nos rodeia..
Somos pessoas melhores, pessoas maiores.
Os nossos sentidos apuram-se!
O cheiro, o toque, o sabor...
O sol brilha e aquece-nos a alma.
O vento sopra... uma brisa... uma ventania...
Um turbilhão de sentimentos, de sensações, de desejos
Tira-nos o chão, tira-nos o sono...
A vida num sonho,
um sonho na vida
sábado, 26 de junho de 2010
cavaco /SARAMAGO
Já estou farta, fartíssima de ouvir toda a gente a falar da ausência do Cavaco nas cerimónias fúnebres do Saramago.
Falam mal do Sr. Cavaco Silva não ter estado presente.
Falam mal do Presidente da República não ter estado presente, de não ter interrompido as férias.
Não gosto do Cavaco.
Qual a lógica do homem ir ao funeral?
Se lá tivesse ido seria pura hipocrisia.
Todos os que falam mal agora, mais todos os outros que se abstêm de comentar a sua atitude, diriam que o homem era hipócrita.
Pela 1ª vez acho que teve uma atitude correcta, coerente.
Não foi hipócrita e respeitou o GRANDE SARAMAGO.
Não sei se foi sua a iniciativa ou se foi aconselhado mas foi a atitude correcta.
Judas e hipócritas é o que mais há por aí.
Falam mal do Sr. Cavaco Silva não ter estado presente.
Falam mal do Presidente da República não ter estado presente, de não ter interrompido as férias.
Não gosto do Cavaco.
Qual a lógica do homem ir ao funeral?
Se lá tivesse ido seria pura hipocrisia.
Todos os que falam mal agora, mais todos os outros que se abstêm de comentar a sua atitude, diriam que o homem era hipócrita.
Pela 1ª vez acho que teve uma atitude correcta, coerente.
Não foi hipócrita e respeitou o GRANDE SARAMAGO.
Não sei se foi sua a iniciativa ou se foi aconselhado mas foi a atitude correcta.
Judas e hipócritas é o que mais há por aí.
Mãe,
Tenho saudades tuas.
Fazes-me falta.
Sempre que precisava desabafar
Ia a tua casa,
Quase sempre não dizia nada
Ouvia-te.
Nos nossos pequenos encontros,
Por vezes silenciosos,
Dizíamos tanto não dizendo nada.
Adivinhávamos as tristezas e inquietudes uma da outra
Nunca conseguimos esconder as arrelias e as alegrias uma da outra
Eramos quase a mesma pessoa.
Sinto falta do teu olhar brilhante,
Caridoso.
Da tua visão do mundo,
Do teu sorriso triste
Das tuas rugas...
Marcas de cada lágrima,
Cada sorriso,
Cada zanga,
Cada gargalhada,
Cada preocupação.
Tenho saudade das tuas mãos, mãe.
Da tua força,
Da tua persistência,
Da tua teimosia,
Da tua vontade de caminhar,
de mudar.
Da tua revolta...
Da tua inteligência,
Da tua perspicácia.
Tenho saudade da tua voz, mãe.
São tantos os dias
Em que quero telefonar-te, mãe.
Há em mim um vazio,
Cheio de esperança que estejas bem.
Tenho saudade do teu amor, mãe.
Mãe,
Será que és um passarinho?
Lembras-te?
Sempre disseste que gostavas de ser um passarinho,
De ter liberdade, de voar, de saltitar,
de alegrar a vida dos outros com a tua existência.
Voa, mãe, voa!!!!
INDIFERENÇA
Na vida só vale a pena o que for vivido a 100% (no mínimo).
O momento, o presente tem de ser vivido com entrega total e consciente.
A entrega tem de ser emocional, física e consciente.
Viver por viver...
Falar por falar...
Telefonar por telefonar...
Namorar por namorar...
Quando os actos diários não correspondem ao que se diz, não são coerentes.
As palavras passam a ser apenas palavras, ficam sem contexto, não têm suporte.
O acto, a atitude, o gesto, o carinho "falam" mais do que muitas palavras.
Muitas palavras parecem justificações, quando sentimos necessidade de justificar ao outro o que fizemos ou o que não fizemos .... hum ... hum...
Nos bons momentos e nos maus momentos só contam os que estão presentes, os que se entregam, os que estão disponíveis.
Quando se perde a oportunidade de um momento (cada momento é único, não volta mais) não há volta a dar.
Depois da morte não vale de nada lamentar o que não se viveu, o que não se disse, o que não se fez.
É preciso ter consciência do que se tem hoje e que o hoje é irrepetível.
Não nos podemos esquecer que, se precisamos do outro, o outro também precisa de nós e que a vida é feita de partilha, de cumplicidades, de sorrisos, de lágrimas (umas vezes de alegria e outra de tristeza), de silêncios, de risos, gargalhadas...
Se não precisamos do outro, se não partilhamos...
A nossa vida é tatuada pelos que amamos, nos rodeiam, pelos que partilham, pelos que nos tocam a alma, sejam família, amigos ou desconhecidos.
Podem tocar-nos o corpo e não nos tocar a alma e podem tocar-nos a alma sem que alguma vez tenham tocado o nosso corpo.
No nosso coração devem viver aqueles que amamos, que respeitamos e que nos respeitam.
Ser uma peça do puzzle, cujas peças estão espalhadas, esquecidas ou guardadas...
Ser o "pneu" de socorro que faz falta quando se tem um furo ou "quando se quer um furo".
Podemos ter todas as diferenças mas não indiferenças.
Quando se é esquecido, ignorado de uma forma repetida já não vale a pena.
Que se salve o que se puder salvar mas insistir, não!
A espontaneidade quando se esvai...
A distância interior, dos sentimentos é impossível de inverter.
Não há mar, nem firmamento que se lhe comparem.
Não devemos amarrar ninguém.
Devemos soltar, dar liberdade.
Mas se o outro na sua liberdade e na liberdade que lhe damos não nos procura, não nos escolhe, não partilha...
Está noutra!!
segunda-feira, 21 de junho de 2010
SER SANGUE
A vida numa gota
valiosa
maravilhosa
num momento tudo se esvai
Sem valor
NADA...
Num dia anti-coagulante
No outro,
tudo se desfaz em tons de vermelho.
Sanque azul?
nada...
vermelho
vermelho paixão
vermelho povo!
O que dá vida num dia
pode roubá-la no seguinte.
A outra face da moeda
Vitamina K
Gota a gota...
A noite arrasta-se
passos perdidos
no frio do corredor
Salvam-se vidas
Perdem-se outras
O vermelho vira rosa,
O rosa, a transparente...
Nada...
NADA!
Passos pesados
solitários
Dia a dia
sem deixar rasto na areia,
lavada pelas ondas do mar
que nos envolve
nos embala
nos separa
e nos corre nas veias
de Ilhéus
sexta-feira, 21 de maio de 2010
AMAR
TERRA DE ENCANTOS MIL
Nordeste, terra pequena, cheia de encantos.
No inverno o mar agiganta-se, zangado tentando galgar aquela encosta íngreme..
Ao percorrer os recantos da Vila vejo a minha mãe e as suas irmãs a caminho da igreja na companhia da sua avó, minha bisavó. Oiço-as na Igreja a sussurrar umas com as outras e, pelo respeito por Deus e pela Sua casa, ouço a minha bisavó a ralhar-lhes, que traquinas sorriem e cochicham...
Olho o “campo da bola” e lá estão os meus tios, jovens, cheios de garra num animado jogo de futebol, transpirados e lamacentos, discutem cada jogada, prometendo comprar um par de óculos ao àrbitro, não chamam nomes à mãe do árbitro...a “tia Jaquina” é uma mulher de respeito. No final da partida, uns amuados, outros amachucados, depois do banho, lá vão todos para a ”Venda do José Cristiano” e lá vai uma pinga para comemorar a vitória ou para afogar a mágoa da derrota.
Nordeste, terra fria mas de gente boa, trabalhadora.
Os turistas perdem-se nos mais que muitos miradouros, a cada curva da estrada ,e deslumbram-se com tanta paz, com tanta beleza. Flores, mar, quedas d'água, moinhos, pedra vermelha... tanta grandeza numa terra tão pequena.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
BALANÇO
É acreditando
Que nos perdemos.
É no brilho do olhar
Que nos revemos.
É nos abraços
que nos prendemos.
Na docura das palavras
Adormecemos.
No dia segunte...
Ofegantes, exautas,
Aturdidas
O mesmo mar
A mesma terra
A mesma pele
O mesmo cheiro
O que mudou?
Outros sonhos?
Quando mais se precisa
Menos se tem.
O caminho
É a descer
Ingreme
Pedras, espinhos
Descendo
Tropeçando,
Caindo,
Levantando.
Descendo...
O que ficou ...
Sobrou ? Faltou?
Descendo
Desabando
As mãos que antes abraçavam,
Acarinhavam...
Onde estão?
Descendo a calçada
As feridas sangram
As lágrimas,
Rolam aos pares
Na calçada
Dura e fria,
Passo a passo
Dia a dia
Que nos perdemos.
É no brilho do olhar
Que nos revemos.
É nos abraços
que nos prendemos.
Na docura das palavras
Adormecemos.
No dia segunte...
Ofegantes, exautas,
Aturdidas
O mesmo mar
A mesma terra
A mesma pele
O mesmo cheiro
O que mudou?
Outros sonhos?
Quando mais se precisa
Menos se tem.
O caminho
É a descer
Ingreme
Pedras, espinhos
Descendo
Tropeçando,
Caindo,
Levantando.
Descendo...
O que ficou ...
Sobrou ? Faltou?
Descendo
Desabando
As mãos que antes abraçavam,
Acarinhavam...
Onde estão?
Descendo a calçada
As feridas sangram
As lágrimas,
Rolam aos pares
Na calçada
Dura e fria,
Passo a passo
Dia a dia
quinta-feira, 13 de maio de 2010
dia a dia
Dois meses depois da morte da minha querida mãe estou a viver a dor da perda que deveria ter vivido nos dias que a sepultei.
Este Blog surgiu numa tarde de grande tristeza e solidão, de uma necessidade gritante de me libertar de exorcizar a minha dor, a minha tristeza, a minha solidão.
Desde Julho passado que tenho tido vários contratempos: ´
-Trombose Venosa Profunda do Membro Inferior Esquerdo;
- Início de tratamento com anticoagulante "Varfine" para o resto da vida e necessidade de controlo do INR (factor de coagulação) com os riscos inerentes a este tipo de tratamento;
Este Blog surgiu numa tarde de grande tristeza e solidão, de uma necessidade gritante de me libertar de exorcizar a minha dor, a minha tristeza, a minha solidão.
Desde Julho passado que tenho tido vários contratempos: ´
-Trombose Venosa Profunda do Membro Inferior Esquerdo;
- Início de tratamento com anticoagulante "Varfine" para o resto da vida e necessidade de controlo do INR (factor de coagulação) com os riscos inerentes a este tipo de tratamento;
- Dispensada da secção onde trabalhei 13 anos. Novo trabalho ... novo chefe...
- Recusa do seguro vida necessário para o Crédito Bancário, por parte da seguradora do Grupo Financeiro ao qual dediquei 28 anos da minha vida, devido à TVP e Medicação associada (prenúncio de uma morte anunciada???);
- 26 de Janeiro às 08H30 encontrei a minha mãe caída no chão do seu quarto, vitima de AVC. Seguiu-se um mês e meio de calvário. Muito sofrimento para ela e para todos os que a amamos. Vê-la fraca, paralisada do lado esquerdo, lúcida... uma semana depois iniciar um processo de falta de circulação da perna direita que levou à amputação da mesma, depois de dores constantes, muito desconforto (apesar das doses de morfina). Secretamente, de coração despedaçado, desejava que ela morresse... não aguentava vê-la sofrer. Sabendo que a sua sobrevivência seria um martírio para ela., que sempre foi independente, que sempre cuidou de si e de todos à sua volta, que mais não fez porque não pode, porque os seus dias não tinham mais horas e porque não tinha recursos monetários. Vê-la... pequenina, tão magrinha, tão fraca ... presa numa cama, com dificuldade em falar, não por falta de lucidez, mas por falta de força para se expressar. Esforçava-se tanto e a sua voz não se ouvia. Aflita por estar a dar "tanto trabalho" e preocupação a todos. Tanta dificuldade em engolir, tanto medo de se engasgar. Prisioneira no seu corpo;
- 02 de Março - dei-lhe o jantar, ela adormeceu e... não voltamos a ouvir a sua voz.
- Recusa do seguro vida necessário para o Crédito Bancário, por parte da seguradora do Grupo Financeiro ao qual dediquei 28 anos da minha vida, devido à TVP e Medicação associada (prenúncio de uma morte anunciada???);
- 26 de Janeiro às 08H30 encontrei a minha mãe caída no chão do seu quarto, vitima de AVC. Seguiu-se um mês e meio de calvário. Muito sofrimento para ela e para todos os que a amamos. Vê-la fraca, paralisada do lado esquerdo, lúcida... uma semana depois iniciar um processo de falta de circulação da perna direita que levou à amputação da mesma, depois de dores constantes, muito desconforto (apesar das doses de morfina). Secretamente, de coração despedaçado, desejava que ela morresse... não aguentava vê-la sofrer. Sabendo que a sua sobrevivência seria um martírio para ela., que sempre foi independente, que sempre cuidou de si e de todos à sua volta, que mais não fez porque não pode, porque os seus dias não tinham mais horas e porque não tinha recursos monetários. Vê-la... pequenina, tão magrinha, tão fraca ... presa numa cama, com dificuldade em falar, não por falta de lucidez, mas por falta de força para se expressar. Esforçava-se tanto e a sua voz não se ouvia. Aflita por estar a dar "tanto trabalho" e preocupação a todos. Tanta dificuldade em engolir, tanto medo de se engasgar. Prisioneira no seu corpo;
- 02 de Março - dei-lhe o jantar, ela adormeceu e... não voltamos a ouvir a sua voz.
- 03 de Março - Novo internamento. Infecção urinária (generalizada) quadro clínico muito reservado. Ali ficou respirando com muita dificuldade, alimentada por uma sonda, algariada... e lúcida (estou convencida que, pelo seu olhar, estava consciente do seu estado e que ouvia tudo o que dizíamos);
- 09 de Março na minha presença e do meu irmão Pedro, abriu os olhos, olhou-nos tão profundamente e foi respirando cada vez mais espaçadamente... Tive a noção perfeita que ela estava a partir, que se estava a despedir. Beijei-a com muita ternura e disse-lhe que fosse, que partisse, que nós filhos estavamos bem. Voltei a beijá-la, rezei uma Avé-Maria... e foi o seu último suspiro. Senti uma paz sem explicação, uma tranquilidade nunca antes vivida não sei se foi por egoísmo, por não aguentar mais vê-la sofrer...
- 09 de Março na minha presença e do meu irmão Pedro, abriu os olhos, olhou-nos tão profundamente e foi respirando cada vez mais espaçadamente... Tive a noção perfeita que ela estava a partir, que se estava a despedir. Beijei-a com muita ternura e disse-lhe que fosse, que partisse, que nós filhos estavamos bem. Voltei a beijá-la, rezei uma Avé-Maria... e foi o seu último suspiro. Senti uma paz sem explicação, uma tranquilidade nunca antes vivida não sei se foi por egoísmo, por não aguentar mais vê-la sofrer...
Tanta coisa que ficou por dizer...
Tanto abraço que não dei...
Fica a dor dos desgostos que lhe dei, das noites que ela não dormiu por minha causa....
Espero vir a perdoar-me a mim mesma por tudo o que lhe fiz e pelo que não fiz;
- 10 de Março - Funeral - tantas amigos, tantas amigas, tantas manifestações de carinho e de amor de pessoas que nós nem imaginávamos que a minha mãe tinha tocado os seus corações. Valeu o amparo da família e dos amigos (poucos e bons);
- 11 de Março - Não há tempo para luto.
- 10 de Março - Funeral - tantas amigos, tantas amigas, tantas manifestações de carinho e de amor de pessoas que nós nem imaginávamos que a minha mãe tinha tocado os seus corações. Valeu o amparo da família e dos amigos (poucos e bons);
- 11 de Março - Não há tempo para luto.
Há que tratar das coisas que ficaram suspensas durante um mês e meio. No dia seguinte comprei um apartamento onde moro e onde penso que será a minha última morada;
- 12 de Março / 31 de Março - Mudança de casa... não tenho nada e tenho tanta coisa.
- 12 de Março / 31 de Março - Mudança de casa... não tenho nada e tenho tanta coisa.
As forças são poucas e há muito que acartar... sacos e sacos, caixotes, tretas e tralhas... a perna esquerda queixa-se do esforço, não posso trocá-la e abuso dela até à exaustão.
O filhote está longe e não consigo pedir ajuda a ninguém (herdei esta da Josefina);
- 1 a 11 de Abril - eram para ser férias, mas devido à mudança no trabalho lá tive formação em Lisboa. O corpo não aparenta mas a cabeça e a alma começam a ceder...
- 1 a 11 de Abril - eram para ser férias, mas devido à mudança no trabalho lá tive formação em Lisboa. O corpo não aparenta mas a cabeça e a alma começam a ceder...
- Nova transferência no emprego. Novo chefe... nova forma e método de trabalho...
- No apartamento as infiltrações, que não ficaram bem resolvidas, mostram-se mais graves do que o vendedor tinha referido e não ficaram resolvidas com intervenção efectuada por parte da empresa construtora. Nova intervenção estava agendada para a Primavera (que este ano ainda não chegou - maldita chuva) mas ... a empresa declarou insolvência. Onde andarão tantos milhões?? Aposto que daqui a dias recebem subsídio do governo para abrir nova empresa e hão-de continuar a pavonear-se pela cidade (os sinais exteriores de riqueza que sempre ostentaram, certamente já passaram para o nome de alguém intocável ... não acredito que passem nem fome nem dificuldades... tanta impunidade);
- Só para me chatear, acredito que é só para me chatear têm aparecido umas amigas muito indesejáveis aqui em casa. Até hoje já foram 7 e não, não as matei todas de uma vez.
- No apartamento as infiltrações, que não ficaram bem resolvidas, mostram-se mais graves do que o vendedor tinha referido e não ficaram resolvidas com intervenção efectuada por parte da empresa construtora. Nova intervenção estava agendada para a Primavera (que este ano ainda não chegou - maldita chuva) mas ... a empresa declarou insolvência. Onde andarão tantos milhões?? Aposto que daqui a dias recebem subsídio do governo para abrir nova empresa e hão-de continuar a pavonear-se pela cidade (os sinais exteriores de riqueza que sempre ostentaram, certamente já passaram para o nome de alguém intocável ... não acredito que passem nem fome nem dificuldades... tanta impunidade);
- Só para me chatear, acredito que é só para me chatear têm aparecido umas amigas muito indesejáveis aqui em casa. Até hoje já foram 7 e não, não as matei todas de uma vez.
Todas as manhãs, de arma na mão (biokill) percorro a casa temendo um encontro com uma destas amigas que dizem que têm sapatos de veludo... não é não! O seu pé é que é peludo! Um horror!
Sei que tenho coisas boas na minha vida...
Porque não aceito isso e vivo pensando naquilo que não tenho.
No que acho que merecia e não tenho.
É porque na verdade não mereço...
Vivo dividida.
Gosto de estar sózinha mas esta solidão está a dar cabo de mim.
Questiono cada vertente da minha vida.
Será que vale a pena?
Insistir para quê?
O Sol nasce e põe-se e eu, deito-me sózinha e assim acordo.
Sou eu e eu, dia após dia, para o bem e para o mal.
Sinto falta das visitas que fazia à minha mãe, de a ouvir, de olhar aqueles seus olhinhos azuis.
Perdê-la foi e está a ser muito difícil.
Viver esta perda sózinha, sem um ombro amigo, sem um abraço...
No entanto... sinto uma necessidade enorme de estar sózinha, de me isolar, de me fechar dentro de mim, em silêncio.
A vida continua até....
Sei que tenho coisas boas na minha vida...
Porque não aceito isso e vivo pensando naquilo que não tenho.
No que acho que merecia e não tenho.
É porque na verdade não mereço...
Vivo dividida.
Gosto de estar sózinha mas esta solidão está a dar cabo de mim.
Questiono cada vertente da minha vida.
Será que vale a pena?
Insistir para quê?
O Sol nasce e põe-se e eu, deito-me sózinha e assim acordo.
Sou eu e eu, dia após dia, para o bem e para o mal.
Sinto falta das visitas que fazia à minha mãe, de a ouvir, de olhar aqueles seus olhinhos azuis.
Perdê-la foi e está a ser muito difícil.
Viver esta perda sózinha, sem um ombro amigo, sem um abraço...
No entanto... sinto uma necessidade enorme de estar sózinha, de me isolar, de me fechar dentro de mim, em silêncio.
A vida continua até....
segunda-feira, 10 de maio de 2010
JOSEFINA
Mãe
Mulher coragem
Lutadora
Resistente
Partiste
Deixaste por herança
O maior tesouro
A maior fortuna
O teu exemplo
A tua força
O teu amor
O teu olhar
Tocaste muitos corações
Ainda que a vida
Te fosse ingrata
Inventora
Empreendedora
Mãos de fada
As tuas mãos
Faziam magia
Não,
Não eram truques
Eram milagres
Levaste um pedaço de mim
Mas sei que um dia
Tudo me será devolvido
Em dobro
Numa brisa
Num raio de sol
Numa gota de chuva
Mãe
Onde quer que estejas
Estamos contigo
As tuas crias
Por quem lutaste
Por quem deixaste
de teus sonhos
Para sonhar por nós
Mãe tolerante
Respeitaste
As nossas escolhas
Por vezes contrariada
Avisavas dos perigos
E na caminhada
Por vezes com lágrimas
Saravas as nossas feridas
O melhor que podias
e sabias
Mãe solitária
Mãe coragem
Mãe amada
MÃE
SAUDADE
Lancinha
PRESENTE
Viver um dia de cada vez, focada no presente, sem olhar para trás nem para o que há- de vir.
Na verdade só temos o dia de HOJE.
O que passou, passou e o amanhã não existe
Na verdade só temos o dia de HOJE.
O que passou, passou e o amanhã não existe
silêncio
O silêncio
A ausência
Falam
Revelam
A verdade
A essência
Sem palavras
Em cada gesto
Nú e crú
Dispensam-se as palavras
Que amordaçam
Deturpam
Disfarçam
Mascaram
No silêncio
Não há teatro
Não há mentira
O silêncio fala por si
No silêncio
Nada se esconde
Tudo se revela
Nem passado
Nem futuro
O silêncio
O amor
A dor
A ausência
Falam
Revelam
A verdade
A essência
Sem palavras
Em cada gesto
Nú e crú
Dispensam-se as palavras
Que amordaçam
Deturpam
Disfarçam
Mascaram
No silêncio
Não há teatro
Não há mentira
O silêncio fala por si
No silêncio
Nada se esconde
Tudo se revela
Nem passado
Nem futuro
O silêncio
O amor
A dor
noite
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