Vives num castelo com um fosso entre as palavras e as escolhas. As palavras vão no vento até ao mar... quando chegam à outra margem são murmúrios. As escolhas desatam laços, criam barreiras nas entranhas da terra onde buscas, desenfreadamente, a juventude, a irreverência e a liberdade da criança que foste e ainda és.
Tudo é motivo para ficar, nada é razão para voltar. Quando falas em partir ficas com os olhos húmidos, fixos no cais do regresso, o coração angustiado, o tronco vergado sobre o umbigo...
Não partiste e ... já cá estás. Vais num pé e voltas no outro.
Cuidado com quem passa por passar, fazendo ondas, o teu castelo é de areia...
2 comentários:
Tão lindo, mãe!
Parece que a inspiração voltou em força!
Beijo e abraço do filhote.
João
Gostei...demais.
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