quinta-feira, 30 de outubro de 2014

FALCÃO - O ARDINA DE PONTA DELGADA


Ainda mergulhada no meu passado, encontrei textos de 1977 das aulas de Português,
 rabisquei o desenho do "Falcão" assim como algumas frases baseadas no que  então havia escrito:

Todos o conhecem, todos o desprezam.

Todos os dias, com o casaco desbotado e roto, com o seu ganha pão num rolo, debaixo do braço,
faça sol ou faça chuva, lá vem o "Falcão" apregoando a sua cantilena de ardina...  resmungando entre dentes , com o cigarro pendurado no canto da boca.
Calças surradas e sujas, sapatos dois números acima do tamanho do seu pé, talvez herdados de algum defunto, gastos de tanto polir a calçada... todos lhe reconhecem a figura, ninguém lhe chega à alma.

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